Filipe Luís explica escolha de Carrascal e elogia árbitro após vitória do Flamengo

Filipe Luís explica escolha de Carrascal e elogia árbitro após vitória do Flamengo

Quando Filipe Luís Kasmirski, treinador do Clube de Regatas do Flamengo subiu ao púlpito do Estádio do Maracanã na noite de 23 de outubro de 2025, ele deixou claro que o 1 a 0 sobre o Racing Club de Avellaneda não foi obra de sorte, mas de um plano de jogo pensado nos detalhes. O treinador argentino‑brasileiro explicou por que deixou o atacante brasileiro Samuel Lino no banco e optou pelo colombiano Jorge Carrascal, ao mesmo tempo que elogiou a arbitragem do venezuelano Jesús Valenzuela.

Contexto da semifinal

O duelo ocorreu no primeiro jogo da semifinal da Copa Libertadores 2025, fase que reúne os quatro melhores clubes da América do Sul. O Flamengo entrava no confronto carregado de confiança depois de eliminar o Sport Club Internacional e o Club Estudiantes de La Plata nas quartas, ambas vitórias que foram marcadas por gols já no primeiro tempo.

A expectativa dos torcedores era de um ataque avassalador – alguns jornalistas chegaram a mencionar a ideia de “20 chutes a gol”. O que, ao fim da partida, acabou sendo um jogo de paciência, com a equipa rubro‑negra controlando a posse, mas sem abrir muito o placar.

Decisões táticas de Filipe Luís

“A escolha encaixava no plano de jogo e por onde poderíamos machucar a defesa do Racing. Passava muito pela posição que o Carrascal ocupava no 1º tempo e também pensando em uma troca no 2º tempo, para o Samuel Lino pegar o lateral deles mais cansado”, explicou Filipe Luís. O colombiano tinha a tarefa de puxar a marcação alta e abrir espaços nas laterais, enquanto Lino seria a arma de velocidade nos momentos em que o defensor argentino mostrasse sinais de fadiga.

O treinador ainda destacou que “sabemos da qualidade do Carrascal, que está em grande momento”. O meio‑campista, que chegou ao Flamengo vindo da liga colombiana, vinha de boa fase com gols decisivos no torneio, o que justificou a manobra.

  • Primeiro tempo: Carrascal centralizado, pressão alta.
  • Segundo tempo: Substituição planejada de Lino para explorar o lateral cansado.
  • Objetivo: manter a estrutura defensiva e buscar o gol nos contra‑ataques.

Reações da imprensa e contrapontos

Um repórter, cujo nome não foi divulgado na cobertura da UOL Esporte, classificou o início como “começo ruim”. Filipe Luís rebateu: “Foi um jogo muito ruim no 1º tempo talvez pela sua expectativa, mas pelo o que eu esperava, não. Foi um duelo contra um time que eliminou todo mundo que veio pela frente.”

Ele apontou que a percepção de “mau desempenho” surge quando se compara o número de finalizações com o que seria um “jogo de 4 a 0”. Para o técnico, a eficiência defensiva contra um Racing que tem histórico de contra‑ataques mortais foi mais importante que a quantidade de chutes.

Avaliação do árbitro e do desempenho

Ao final da coletiva, Filipe Luís fez um elogio direto ao árbitro Jesús Valenzuela, afirmando que a partida transcorreu com “justiça e tranquilidade”. Não foram citados lances controversos, mas o técnico ressaltou que a condução da partida ajudou a manter a concentração dos jogadores.

Com a vitória, o Flamengo passou a ter um **vantagem simbólica**, como o próprio treinador definiu, embora tenha deixado claro que “não conto com ela”. O objetivo, segundo ele, é repetir o modelo que funcionou contra o Inter e o Estudiantes: “Vamos tentar vencer da mesma forma”.

Próximos passos e expectativas

O segundo duelo está marcado para a próxima semana, no Estadio Presidente Perón, em Avellaneda. A partida será decisiva, pois uma vitória por margem mínima pode ser revertida no placar agregado. Filipe Luís admitiu que a estratégia para o retorno ainda está sendo ajustada, mas destacou que a substituição de Lino tem tudo para ser o trunfo nos minutos finais.

Se a equipe mantiver a maturidade tática demonstrada até aqui, as chances de avançar para a final aumentam consideravelmente. O desafio agora é transformar a vantagem “simbólica” em vantagem real – algo que, segundo o técnico, depende da disciplina defensiva e da eficiência nas oportunidades de gol.

Perguntas Frequentes

Como a escolha de Carrascal impactou o estilo de jogo do Flamengo?

Carrascal foi usado para pressionar alto e abrir espaços nas laterais, forçando o Racing a recuar. Essa postura permitiu ao Flamengo controlar a partida e criar oportunidades de contra‑ataque, culminando no gol de cabeça no final do primeiro tempo.

Por que Filipe Luís considera a vantagem de 1 a 0 "simbólica"?

O técnico entende que, contra um Racing que venceu todos os adversários anteriores, o placar não reflete a dificuldade do confronto. Assim, a vantagem serve mais como estímulo psicológico do que como margem confortável.

Qual a importância da arbitragem de Jesús Valenzuela para o resultado?

Valenzuela conduziu a partida sem decisões controversas que pudessem atrapalhar o ritmo de jogo. O técnico elogiou a tranquilidade da arbitragem, pois isso ajudou os jogadores a manterem a concentração.

O que pode mudar na estratégia para o segundo jogo em Avellaneda?

Filipe Luís indicou que pretende usar a velocidade de Samuel Lino nos momentos finais, quando o lateral do Racing estiver cansado. A equipe também pode variar a formação para ser mais compacta na defesa e buscar gols de bola parada.

Como a vitória influencia as chances do Flamengo na Libertadores?

Além de avançar à final, a vitória reforça a confiança do elenco e demonstra que o time sabe gerir jogos de alta pressão. Se mantiver a consistência tática, o Flamengo entra como favorito para conquistar o título.

1 Comentários

  1. Michele Hungria
    Michele Hungria

    Observa‑se que a substituição de Samuel Lino por Carrascal não se sustentou em métricas relevantes; a pressão alta não traduziu em criação de oportunidades claras. A estratégia apresentada carece de suporte estatístico e parece mais um improvável experimento do treinador. A escolha levanta dúvidas sobre a coerência tática do elenco, já que o desempenho do colombiano tem sido irregular nas últimas partidas. Ademais, a justificativa de “qualidade” parece mais um discurso de conveniência que uma análise fundamentada. Em suma, a decisão merece reavaliação profunda.

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