Uma festa de seis décadas no palco
Quem viu a TV Globo na noite do dia 28 de abril de 2025 sentiu que estava diante de um capítulo especial da cultura brasileira. Para comemorar os 60 anos da emissora que mudou o jeito de fazer televisão no país, o coração do Rio de Janeiro virou palco de um espetáculo grandioso, reunindo artistas que ajudaram a construir essa história, além de novos talentos que reafirmam o fôlego da casa. O evento encerrou 60 horas ininterruptas de programação dedicada à celebração: de novelas históricas até telejornais, esportes e humor.
Ninguém ficou de fora. No lineup, nomes como IZA, Ana Castela, Simone Mendes, Maiara e Maraisa, Zezé Di Camargo e Luciano, Lauana Prado, João Gomes, Joelma, MC Cabelinho e As Frenéticas dividiram o palco. Ainda teve Negra Li, Roupa Nova, Alexandre Pires e uma participação marcante do mestre Paulinho da Viola. Cada artista reviveu canções que ecoaram pelas trilhas sonoras de novelas e programas de diferentes épocas da Globo, mostrando o quanto a emissora e a música popular se entrelaçam.
A abertura já trouxe aquele frio na barriga: um musical protagonizado por atores consagrados relembrou personagens imortalizados na tela da Globo. E, para emocionar ainda mais, Tony Ramos deu vida ao fundador Roberto Marinho em cena cheia de simbolismo: o sonhador ao visitar Hollywood e perceber os bastidores de produções de grande escala, trazendo a inspiração que mudou para sempre o audiovisual brasileiro.

Tributos, nostalgia e encontros inéditos
Se a memória afetiva falou alto, os encontros musicais não ficaram para trás. Um dos grandes destaques foi João Gomes se unindo a Fafá de Belém para interpretar "Canção da América", de Milton Nascimento, num tributo que traduziu em música o espírito de união do evento. Outro momento que parou a plateia foi a entrada de Xuxa, a eterna Rainha dos Baixinhos, que fez todo mundo voltar no tempo e cantar junto com ela.
E não poderia faltar aquele momento Roberto Carlos. O cantor, presença marcante nas festas de fim de ano da Globo, apareceu e recebeu dos colegas e do público a reverência de sempre. Houve espaço também para que nomes históricos da dramaturgia, do jornalismo e do esporte dividissem o palco: apresentadores, jornalistas, atores e comediantes participaram de homenagens que relembraram tanto o lado informativo quanto o entretenimento proporcionado pela emissora nessas seis décadas.
Nos bastidores, uma equipe experiente orquestrou o evento: a direção artística ficou por conta de Antonia Prado e a de gênero com Monica Almeida. O time de direção ainda contou com Dennis Carvalho e outros nome conhecidos pela criatividade nas superproduções da casa. Já o roteiro, uma verdadeira viagem pela memória televisiva, precisou de mentes afiadas como Carlyle Junior, Ricardo Linhares e Juan Jullian para garantir emoção e ritmo do começo ao fim.
Dá para dizer que o aniversário de 60 anos da Globo foi além do simples tributo institucional. Foi uma exaltação de tudo o que move o público brasileiro: música, drama, informação, humor e nostalgia. Quem acompanhou, seja ao vivo, na TV ou nas redes sociais, teve a sensação de que, por um instante, o Brasil parou para celebrar não só uma emissora, mas parte de sua identidade coletiva.