A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou sua preocupação com as restrições de viagem impostas globalmente em resposta ao surto de MPox, afirmando que essas políticas têm causado um impacto econômico desnecessário. A OMS argumenta que as restrições de viagem não apenas se mostram ineficazes no controle da disseminação do vírus, mas também resultam em custos econômicos significativos para os países afetados.
De acordo com especialistas da OMS, as restrições de viagem amplas e generalizadas, que têm sido implementadas por várias nações, muitas vezes criam uma falsa sensação de segurança entre a população. Em vez de abordarem as causas raízes do surto, essas restrições podem até dificultar os esforços para conter efetivamente a propagação do MPox.
Em conferências recentes, representantes da OMS destacaram que medidas mais específicas e direcionadas àqueles em maior risco seriam muito mais eficazes. Estas medidas incluem o aprimoramento da vigilância epidemiológica, intensificação do rastreamento de contatos e a implementação de estratégias de vacinação direcionadas.
O impacto econômico das restrições de viagem é multifacetado. A OMS menciona que muitos setores, especialmente turismo e aviação, têm enfrentado consequências devastadoras devido às medidas restritivas. Pequenos negócios locais que dependem fortemente do tráfego de turistas viram suas receitas despencarem, levando a encerramentos e perda de empregos.
Além disso, as interrupções nas cadeias de suprimento globais exacerbadas pelas restrições de transporte internacional afetaram a economia mundial de maneira mais ampla. A OMS sugere que, em vez de prejudicar setores inteiros da economia, os governos deveriam focar em políticas que equilibrem o controle do vírus com a manutenção da atividade econômica.
Os especialistas também sugerem a importância de uma coleta de dados mais robusta e precisa para entender melhor os efeitos das medidas de controle. Isso ajudaria a orientar as decisões políticas futuras. Destacam também a necessidade de uma maior coordenação internacional para evitar mensagens conflitantes e a ocorrência de pânico innecesário entre a população.
Em vez de uma abordagem unilateral de restrições de viagem, a OMS recomenda várias estratégias-chave para conter o surto de MPox de maneira mais eficiente. Entre elas:
A OMS também sublinha a necessidade urgente de coordenação internacional em resposta à crise do MPox. As abordagens fragmentadas e as políticas inconsistentes entre os países têm gerado confusão e, em alguns casos, exacerbado os problemas de saúde pública. Uma mensagem clara e consistente é vital para garantir que o público siga as orientações apropriadas e mantenha a confiança nas autoridades de saúde.
Um levantamento abrangente realizado pela OMS revelou que países que adotaram políticas de restrição de viagem amplas não conseguiram reduzir significativamente o número de casos de MPox. Na realidade, esses países enfrentaram aumentos nos custos econômicos e sociais, sem benefícios proporcionais na contenção do vírus.
Frente a esse cenário, a OMS continua a reforçar a necessidade de uma abordagem balanceada e fundamentada em dados para combater o surto de MPox, focando em medidas específicas e direcionadas, ao mesmo tempo em que evita impactos econômicos adversos desnecessários. A organização reafirma seu compromisso em colaborar com governos e instituições globais para garantir que as melhores práticas sejam implementadas e que a disseminação do vírus seja controlada de maneira eficiente e equitativa.