REAL ID entra em vigor em 2025 e pode atrapalhar férias na Disney e em Nova Iorque

REAL ID entra em vigor em 2025 e pode atrapalhar férias na Disney e em Nova Iorque

O que muda com o REAL ID?

A partir de REAL ID, a TSA não permitirá que passageiros embarquem em voos domésticos sem um documento de identidade que siga as normas federais. Embora muitas pessoas acreditem que a carteira de motorista emitida pelo estado seja suficiente, o novo padrão exige requisitos de segurança mais rigorosos, como códigos de barras, foto em alta resolução e prova de residência verificável.

O ato foi aprovado em 2005, logo após os ataques de 11 de setembro, mas sofreu inúmeros adiamentos. O prazo final, definido para 7 de maio de 2025, não deve ser alterado novamente. Segundo relatório do Departamento de Segurança Interna de 2024, cerca de 150 milhões de cidadãos ainda não possuem uma identificação compatível.

Para quem já reservou passagens, hotéis e ingressos na Disney World, o risco é real: ao chegar ao check‑in da TSA, o viajante pode ser barrado, perder o voo e ver toda a programação despencar. Famílias que planejam a viagem com meses de antecedência podem ser surpreendidas quando descobrirem que a carteira de motorista, embora válida para dirigir, não serve para embarcar.

O processo para obter o REAL ID varia de estado para estado, mas, em geral, exige:

  • Documento de identidade com foto (passaporte, certidão de nascimento ou cartão de residência permanente);
  • Número do Seguro Social;
  • Comprovante de residência (conta de luz, contrato de aluguel ou extrato bancário);
  • Taxa de emissão, que costuma girar entre US$ 5 e US$ 25.

Alguns DMVs já relatam aumento de atendimentos e fila de espera maior que o normal. Por isso, os especialistas em viagem recomendam que, se a sua viagem está marcada para depois de maio de 2025, você solicite sua nova carteira imediatamente.

Restrição de voos em Newark: outro obstáculo

Restrição de voos em Newark: outro obstáculo

Enquanto o REAL ID já causa preocupação, o Aeroporto Internacional Newark‑Liberty (EWR) adiciona mais um ponto de atenção. A FAA prorrogou as restrições operacionais até outubro de 2026, limitando a pista a 72 movimentos de pouso e decolagem por hora – menos que a capacidade anterior de mais de 80 voos/hora.

Essas limitações surgiram após uma crise de pessoal e problemas de equipamentos nos controladores de tráfego aéreo no início do ano. A consequência imediata foi o cancelamento de milhares de voos e longas esperas nas áreas de embarque. United Airlines, hub principal em Newark, endossa a medida como necessária para garantir a estabilidade das operações.

Para quem viaja à Grande Apple, a restrição significa que horários de vôo podem ser mais restritos, preços de passagens podem subir e a possibilidade de remarcações aumenta. Se a sua passagem foi comprada para dezembro de 2025 ou janeiro de 2026, vale a pena confirmar diretamente com a companhia aérea se a operação seguirá o mesmo padrão de frequência.

O órgão regulador destacou que, apesar da limitação de voos, tem avançado na modernização da infraestrutura: um novo sistema de fibra ótica já está em funcionamento e a equipe de controle está crescendo. Hoje, são 22 controladores certificados e cinco supervisores, com mais 27 profissionais em treinamento. Esse reforço deve, ao longo do tempo, aliviar a pressão sobre o limite de operabilidade, mas a proibição permanecerá até a data estabelecida.

Combinando as duas situações – exigência de identificação e limite de voos – o cenário para quem planeja férias dentro dos EUA ficou mais complexo. A recomendação dos consultores de turismo é dupla: primeiro, verifique a validade da sua carteira de identidade e, segundo, confirme os detalhes do voo, inclusive possíveis ajustes de horário devido às restrições de Newark.

Por fim, vale lembrar que o REAL ID não é um documento opcional para quem viaja de avião; ele será tão obrigatório quanto o passe de embarque. Quem ainda não fez o pedido deve agendar o atendimento na secretaria de veículos do seu estado ainda esta semana. Atrasos no processo podem significar perda de bagagem, de reservas de hotel e, em alguns casos, até de ingressos para atrações como os parques da Disney.