STF decide pelo bloqueio da Rumble no Brasil após descumprimento de ordens

STF decide pelo bloqueio da Rumble no Brasil após descumprimento de ordens

O recente bloqueio na plataforma de vídeos Rumble pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), gerou um turbilhão de debates sobre liberdade de expressão e cumprimento de normas legais no Brasil. De acordo com a decisão tomada em 21 de fevereiro de 2025, a Rumble foi penalizada por não cumprir a exigência de indicar um representante legal no país dentro de um prazo estipulado de 48 horas.

A justificativa para este bloqueio inclui o 'reiterado, consciente e voluntário descumprimento das ordens judiciais', conforme mencionado por Moraes. Ele também destacou que a plataforma parece fomentar um ambiente de 'impunidade' nas redes sociais, uma crítica frequentemente direcionada a grandes plataformas digitais. Este contexto legal foi acentuado pelo caso envolvendo o blogueiro Allan dos Santos, uma figura proeminente entre os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, conhecido por usar a plataforma para disseminar desinformação e realizar ataques contra instituições democráticas.

Fundada em 2013, a Rumble é particularmente popular entre o público conservador nos Estados Unidos e reúne apoiadores de Bolsonaro, especialmente aqueles cujas contas foram removidas do YouTube. O CEO da Rumble, Chris Pavlovski, reagiu à ordem brasileira por meio de uma publicação no X (antigo Twitter), declarando que não atenderia à demanda judicial, já que acreditava que a decisão violava a liberdade de expressão. Moraes, por sua vez, rebateu, afirmando que Pavlovski confunde a liberdade de expressão com a liberdade para agredir.

Situação Internacional e a Primeira Emenda

Em um movimento internacional, a Rumble, em conjunto com a Trump Media & Technology Group, do ex-presidente Donald Trump, decidiram abrir um processo nos Estados Unidos contra Moraes, alegando censura e violação da Primeira Emenda. Ambos os conglomerados argumentam que as imposições brasileiras impactam no discurso político nos EUA e buscam uma liminar que suspenda os efeitos destas decisões em solo americano.

Enquanto isso, o STF sustenta que todas as plataformas que operam no Brasil devem obedecer ao Marco Civil da Internet, legislação que inclui a exigência de um representante legal no país. Caso a Rumble continue a desafiar as ordens, estão em discussão sanções mais severas, possivelmente culminando na suspensão definitiva das atividades da plataforma no Brasil.

15 Comentários

  1. Bruna Soares
    Bruna Soares

    QUE CAOS TÁ AÍ MEU DEUS 😭 A RUMBLE NÃO RESPONDEU E AGORA TÁ BLOQUEADA? ISSO É CENSURA OU SÓ JUSTIÇA? EU NÃO SEI MAIS O QUE PENSAR...

  2. Fernando Augusto
    Fernando Augusto

    Olha, eu entendo o lado do STF, sério. Se a plataforma tá aqui no Brasil, tem que seguir as regras do país. Mas também não pode ser qualquer coisa, né? O Marco Civil da Internet existe pra proteger a gente, mas também pra limitar o poder. Aí entra o problema: será que bloquear uma plataforma inteira é o jeito mais justo? E se a gente tivesse um sistema de multas progressivas, ou exigir que os usuários que postam conteúdo ilegal sejam identificados, em vez de punir todos? Acho que o caminho é mais inteligente do que só apagar o site. E olha, eu não sou defensor do Allan dos Santos, mas a gente não pode virar uma ditadura digital só porque alguém tá errado.

  3. Nat Ring McBrien
    Nat Ring McBrien

    Claro que é censura. EUA tá processando e tá certo. Moraes é um ditador disfarçado de juiz. O povo tá acordando, e a Rumble é a última liberdade que sobrou.

  4. Fernanda Borges Salerno
    Fernanda Borges Salerno

    Então a Rumble tá sendo bloqueada... mas o YouTube continua com todos os fake news do Bolsonaro? 😏 Aí sim é seleção natural da ignorância. Quem usa Rumble tá sabendo do que tá entrando. Nada de censura, só de escolha. 🤷‍♀️

  5. Odi J Franco
    Odi J Franco

    Eu acho que a gente tá vivendo um momento muito delicado. Não é só sobre Rumble ou Moraes. É sobre como a gente quer que a internet funcione aqui. Se a gente quer um espaço livre, tem que ter responsabilidade. Mas se a gente quer segurança, tem que ter regras. Acho que o ideal seria um conselho independente, com juristas, tecnólogos e cidadãos comuns, pra decidir essas coisas. Não só um ministro. E se a Rumble não quer cumprir, que vá embora. Mas que não leve todo mundo junto. A gente não pode perder o acesso a conteúdo útil só porque alguém tá fazendo merda.

  6. Jose Roberto Alves junior
    Jose Roberto Alves junior

    Concordo com o Fernando. A decisão do STF é legal, mas o método... tá um pouco pesado. Se a plataforma não tem representante legal, o caminho é cobrar isso, não bloquear tudo. Acho que a gente precisa de mais diálogo, menos punição. A internet não é um lugar onde a gente pode apagar o que não gosta. É um lugar onde a gente tem que aprender a lidar com o que não gosta.

  7. Mateus Silviano
    Mateus Silviano

    Brasil é um país de merda. Tudo é censura. O que é isso? A Rumble é a única que não vira as costas pro povo. Moraes é um ladrão de liberdade. Vai tomar no cu, juiz.

  8. Ricardo dos Santos
    Ricardo dos Santos

    É imprescindível ressaltar que a jurisdição nacional é inegociável. A Rumble, ao recusar-se a nomear um representante legal, violou o princípio da soberania estatal, consagrado no Marco Civil da Internet. A ausência de um agente local impede a aplicação de sanções administrativas, o que configura uma lacuna jurídica inaceitável. A decisão do Ministro Alexandre de Moraes, embora controversa, é tecnicamente correta e alinhada à ordem constitucional. A liberdade de expressão não é absoluta - e jamais foi.

  9. Mariana Borcy Capobianco
    Mariana Borcy Capobianco

    tipo assim, se a Rumble n quer cumprir regra, ela n pode ficar aqui. mas e os usuarios que usam pra coisas boas? tipo canal de educação, música, arte? isso é justo? a gente tá punindo todo mundo por causa de uns poucos que fazem merda. e se a gente bloqueasse só os canais ruins? tipo, só tira o Allan dos Santos, não o site inteiro? isso é mais justo. 😔

  10. Laryssa Gorecki
    Laryssa Gorecki

    Se você acha que censura é só bloquear um site, você não entendeu nada. A censura é quando você não pode falar o que pensa. Aqui, o que tá acontecendo é que alguém que usa o site pra incitar ódio e mentiras tá sendo impedido de continuar. Isso não é censura, é responsabilidade. E se a Rumble não quer cumprir, que fique fora. Mas não venha com essa de 'liberdade' se você tá usando a plataforma pra destruir a democracia. Eu não tenho pena de quem escolheu o lado errado.

  11. João Paulo Souza
    João Paulo Souza

    eu acho que o mais importante aqui é pensar no futuro. se a gente não tiver regras claras, qualquer plataforma pode vir aqui e fazer o que quiser. mas se a gente for muito rígido, a gente perde inovação. será que não tem um meio termo? tipo, exigir um representante legal, mas dar um prazo maior? ou permitir que o usuário denuncie conteúdo ilegal e a plataforma tenha 24h pra agir? acho que a gente pode melhorar isso sem ser tão radical. 🤔

  12. Vanessa Rosires
    Vanessa Rosires

    Eu moro em São Paulo e tenho amigos que usam a Rumble pra compartilhar vídeos de música antiga, documentários sobre cultura indígena e até aulas de inglês. É triste pensar que tudo isso pode sumir só porque alguém usou a plataforma pra espalhar mentira. Será que não dá pra separar o que é bom do que é ruim? A internet não é um lugar de 'todos ou ninguém'. É um lugar de escolhas. E a gente precisa de mais opções, não menos.

  13. Felipe Henriques da Silva
    Felipe Henriques da Silva

    Liberdade de expressão não é direito de ser um idiota. A democracia não sobrevive com mentiras. O STF não está tirando a voz de ninguém, está dizendo: se você quer estar aqui, respeite as regras. Se a Rumble não quer, que vá. Mas não venha com discurso de vitimização quando o seu negócio é alimentar o ódio. A história vai lembrar disso. E não será com orgulho.

  14. Rhuan Barros
    Rhuan Barros

    Eu não uso Rumble, mas fico pensando: e se amanhã o mesmo acontecer com o Telegram? Ou com o WhatsApp? O que vai acontecer com os grupos de saúde, educação, comunidade? A gente tá criando um mundo onde só quem tem dinheiro e poder pode ter voz. E isso é mais perigoso do que qualquer discurso de ódio.

  15. Claudia Fonseca Cruz
    Claudia Fonseca Cruz

    É fundamental reconhecer que a proteção da ordem democrática não pode ser negociada. A exigência de representante legal é um mecanismo essencial para garantir a eficácia das decisões judiciais. A Rumble, ao recusar-se a cumprir esse requisito, demonstrou desrespeito à ordem jurídica brasileira. A suspensão de suas atividades é uma medida proporcional e necessária, e não representa uma restrição à liberdade de expressão, mas sim a manutenção do Estado de Direito. A responsabilidade das plataformas digitais é inegociável.

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