Se você já ouviu aquela batida contagiante que mistura percussão africana com pop, provavelmente tá falando de Afrobeats. Essa música vem crescendo forte nos últimos anos e tá cada vez mais presente nas playlists brasileiras. Mas de onde vem esse som? Como ele chegou aqui? E quem são os nomes que estão fazendo o maior barulho? Vamos entender tudo sem enrolação.
Afrobeats não é a mesma coisa que Afrobeat, aquele estilo do Fela Kuti dos anos 70. O Afrobeats, com ‘s’ no final, nasce na Nigéria e Gana por volta de 2000, quando produtores começaram a misturar ritmos tradicionais com hip‑hop, dancehall e R&B. O resultado foi um som dançante, cheio de sintetizadores e batidas marcantes. Artistas como Wizkid, Davido e Burna Boy levaram o ritmo para fora da África, e logo bombou nas rádios de Londres, Nova Iorque e, mais recentemente, no Brasil.
O Brasil já tem uma conexão forte com a cultura africana – samba, maracatu, axé – então não é surpresa que o Afrobeats encontre terreno fértil aqui. O que ajudou foi a presença de DJs nas festas de rua, a colaboração de artistas brasileiros com nomes da Nigéria e a explosão das plataformas de streaming que recomendam músicas parecidas. Quem curte Anitta, por exemplo, já viu a cantora gravar com Wizkid e lançar o hit "Girl Like Me", que tem pegada clara de Afrobeats. Além disso, as festas em clubs de São Paulo e Rio passaram a ter noites temáticas só de Afrobeats, atraindo gente que busca um som novo e dançante.
Se você quer entrar no ritmo, tudo que precisa é abrir a playlist de Afrobeats no Spotify ou YouTube. Comece com os clássicos de Davido – "Fall" ou "If" – e depois explore os lançamentos de Burna Boy, como "Way Too Big". Não tem erro: as batidas vão te fazer mexer o pé sem perceber.
Para quem curte criar conteúdo, o Afrobeats é ótimo para reels e TikToks. A batida curta e repetitiva gera loops perfeitos para coreografias rápidas. Use músicas de artistas como Tiwa Savage ou Mr Eazi e veja a reação do público.
Outro ponto forte é a moda. Muitos artistas de Afrobeats levam roupas coloridas, com estampas africanas, que influenciam tendências de streetwear no Brasil. Você pode encontrar camisetas com símbolos tribais em lojas online que atendem o público brasileiro. A fusão de estilo e música cria uma identidade cultural que vai além da pista de dança.
Se ainda não está convencido, experimente assistir a shows ao vivo quando aparecerem turnês de artistas nigérios em cidades brasileiras. A energia dos concertos costuma ser contagiante, e você sente de perto como a plateia reage à batida. Vale a pena também ficar de olho em festivais como o Lollapalooza, que costuma trazer nomes internacionais de Afrobeats ao palco.
Em resumo, o Afrobeats chegou ao Brasil como uma ponte entre duas culturas que já compartilham raízes africanas. Ele combina ritmo, dança e estilo de forma simples, mas eficaz. Basta apertar o play, soltar o corpo e curtir essa vibe que vem dominando as playlists e as festas por aqui.