Se você ainda não ouviu falar de Ouro Preto, está perdendo uma das cidades mais charmosas do Brasil. Fundada no século XVIII, ela ainda guarda o brilho das minas de ouro, as ladeiras de pedra e a arquitetura barroca que faz qualquer foto sair incrível. Neste artigo a gente vai direto ao ponto: o que visitar, onde comer, como se deslocar e umas curiosidades que nem todo turista conhece.
Primeiro, nada de perder tempo; vá direto para o Centro Histórico. Lá você acha a Praça Tiradentes, rodeada por casarões coloridos e igrejas que são verdadeiras obras de arte. A Igreja de São Francisco de Assis, obra de Aleijadinho, tem um interior que parece ter sido pintado à mão. Se curte arte sacra, não deixe de visitar a Igreja do Carmo e a Igreja Nossa Senhora do Pilar. Cada uma tem obras de mestre e detalhes que contam a história da mineração.
Para quem gosta de museus, o Museu da Inconfidência reúne documentos e objetos da época da revolta contra Portugal. O Museu Casa de Chica da Silva mostra a vida da famosa mulher negra que se tornou símbolo de poder dentro da sociedade colonial.
Não dá para fechar a visita sem subir ao Mirante da Serra da Conceição. Do alto, a vista da cidade cheia de telhados de barro é de tirar o fôlego, sobretudo ao pôr‑do‑sol. Se ainda sobrar energia, dê um pulo nas Pedras de Ouro, uma trilha curta que revela rochas incrustadas de quartzo e um pouco da história da extração.
Chegar a Ouro Preto é fácil: a rodovia BR‑381 liga Belo Horizonte a São Paulo, e de lá sai a saída para a cidade. Se vier de carro, aproveite para parar no Restaurante Casa do Ouvidor, que serve comida mineira caseira com aquele tempero que só a região tem. Para quem prefere ônibus, há linhas regulares que partem de BH, Campinas e São Paulo.
Sobre hospedagem, as opções vão de pousadas aconchegantes a hotéis boutique dentro de casarões históricos. Reservar com antecedência, principalmente nos feriados de festa junina e no Carnaval, garante preço melhor e mais conforto.
Um truque que poucos sabem: a Rua Direita tem várias lojinhas de artesanato de pedra-sabão. Comprar um pequeno souvenir lá ajuda a apoiar os artesãos locais e ainda leva pra casa um pedacinho da história.
Quando for comer, não deixe de experimentar o feijão tropeiro, o torresmo crocante e o doce de leite artesanal. E se quiser um toque especial, peça o “café da manhã mineiro” no Café Colonial, com pão de queijo quente e café passado na hora.
Fique atento ao calendário de eventos. A Semana de Cultura de Ouro Preto, que acontece todo ano em julho, traz exposições, concertos de música clássica e feiras de artesanato. Já o Festival de Inverno com música folk e jazz acontece nas praças e atrai público de todo o país.
Por fim, leve sempre água e um chapéu. Mesmo nas estações mais amenas, o sol nas ladeiras pode ser forte, e caminhar por ruas de pedra exige um ritmo mais lento. Mas o esforço vale a pena: cada canto de Ouro Preto tem uma história pronta para ser contada, e você vai sair da viagem com fotos, sabores e memórias que vão durar a vida toda.